Orientações aos Usuários e Filhos de Santo

 

 

 

Toda roça de Candomblé tem sua hierarquia, entendida como à boa organização de um terreiro: Ao Babalorixá cabe ditar as normas, ao Babakekerê organiza sua execução, aos ogans e ekedes do terreiro obedecem e as fazem cumprir.

Este Roça de Candomblé tem o compromisso com a prática do BEM e da CARIDADE, portanto:

  1. NÃO realizamos trabalhos para separação de casais ou para amarração.
  2. NÃO realizamos trabalhos para prejudicar qualquer outro ser humano.
  3. NÃO temos o poder de transformar sua vida em um “MAR DE ROSAS” e dessa forma te dispensar dos CARMAS que você veio resgatar; se Deus te deu essa “CRUZ PESADA” é para o seu BEM e evolução espiritual.
  4. Aqueles que escolherem seguir a religião são pelo AMOR e FÉ; NÃO pela ilusão de que se tornarão RICOS ou de que não terão mais PROBLEMAS na vida.

Lembre-se:

 

“Deus não se deixa enganar; porque tudo o que o homem semear, também colherá”.  

Evangelio segundo o Espiritismo – Allan Kardec

 

 

 

                            PAI ACÁCIO D’OGUN E PAI JOÃO D’OXALÁ

 

 

 

 

Lenda da vitória-régia e sua importância

A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.

Contavam que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia e levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.

Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro. À noite, cavalgava pelas montanhas atrás de Jaci, sem nunca alcançá-la. Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem india, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas; é utilizada como folha sagrada nos rituais liturgicos da cultura afro brasileira, notadamente nas casas de tradição Jeje-Nagô, sendo denominada de Oxibatá.

As águas paradas e lamacentas dos pântanos têm uma aparência  morta e a primeira vista ninguém imagina que por trás daquelas águas possa existir a vida, na verdade a lama representa a origen da vida no Ayê (terra), graças a benção de Nànà a vida de plantas de grande fundamento como o Oxibatá e Oju-oro é possível. Essas plantas buscam nas profundezas das lagoas, na lama, a vida e o seu sustento. Nanã é a alma da água que permite ao Oju-oro e ao Oxibatá nascer, viver e florescer. O elo entre o reino das águas, leito lamacentos dos rios e a folha Oxibatá é que lhe faz ser tão importante nas iniciações aos Orixás, sendo que esta folha sagrada é a mais amada e venerada por Oxum.